14.1.09

Don`t Speak

Quando você passa 30 dias viajando, as semanas passam a ter características definidas. A primeira é obviamente a da empolgação, quando é ótimo estar de férias e seu bolso está cheio e nada te preocupa.
A segunda, levada no embalo da primeira, é cheia de tranquilidade também. Porém, os últimos dias dessa semana, que completam a primeira quinzena, são o começo do primeiro contra-tempo: roupas completamente sujas.
No começo você consegue dar uma enganada, usa uma roupa dia sim/dia não, e tudo vai bem. No final da segunda semana, o mochileiro que viaja sem peso acaba se encontrando sem roupas limpas também. E aí é um tal de gastar sabonete e arranjar espaço no aquecedor pra secar as roupas que é uma loucura. A opção de lavar numa lavanderia, embora as vezes nem tão cara, dispende de tempo e transporte. Resumindo é um saco.
Aí vem a terceira semana, com roupas meio lavadas, sobrancelha de Frida e unhas de Zé do Caixão. E você anda pelas ruas e a única coisa que repara é que todo mundo a sua volta parece muito mais limpimho que você. Sendo que na Europa no inverno, isso provavelmente não é verdade (o cheiro da população prova essa tese).
Nesse momento de confusão, é muito comum também que alguém chegue pra falar com você e tenha que repetir duas ou três vezes, na sua própria língua, pra você finalmente conseguir processar o que foi dito.
Essa é a parte interessante pra mim. No começo dessa viagem, sabia distinguir o alemão, o inglês, o espanhol, o italiano, o francês, o japonês, o chinês e até se uma língua bizarra era eslava ou nóridica. Hoje, ouvir português foi confuso. Andando pelas ruas e ouvindo os outros turistas, parecia que a língua falada era só uma na verdade, uma mistura sem pé nem cabeça a la Torre de Babel.
Semana que vem, o fim da jornada. Volto aqui pra contar como foi, mas pelo que me lembro da última vez que passei 30 dias fora de casa, é a semana da falta do feijão com arroz.

30.12.08

Stay (Faraway, so close)

Berlim.

Essa cidade e incrivel. E a postagem vai sem acentos, cecidilhas e afins, porque o teclado aqui e bizarro.
Fizemos um free tour muito bacana. O muro e assustador, os memoriais sao lindos. A arquitetura da cidade impressionante.
Mas a maior questao pra mim foi o lado oriental da cidade. A volta no tempo que os predios e as pessoas proporcionam faz com que voce se sinta nos dias finais da cortina de ferro. E acho que daqui pra frente vai ser assim, as nossas proximas paradas sao em Praga e Budapest, logo...
Quando voltar pra casa vou me matricular em aulas de alemao.

11.12.08

Não Mais

Meses e meses sem postagens, sequer me lembro qual a letra, quais as configurações dos textos que eu escrevi aqui. A questão é que o ano está acabando e eu preciso fazer umas ponderações em voz alta, por assim dizer.

2008 foi um lixo. Um lixo gigantesco. Me sinto a vontade pra dizer que profissionalmente, pessoalmente, sentimentalmente e todos os aspectos possíveis da minha vida foram horrorosos. E depois de muito pensar (e acreditem, muito quer dizer muito mesmo) eu cheguei a conclusão de que a bagunça generalizada que esse ano eu chamei de vida aconteceu porque eu me permiti ficar aberta ao mundo, as opiniões e as intromissões de outras pessoas.

Um amigo queridíssimo esteve visitando, e antes de ir embora me disse com todas as letras: "Não deixe ninguém te machucar". E eu não ouvi! E era isso extamente que eu precisava fazer. E resumindo a ópera, eu sou uma verdadeira idiota.

Enfim, pra mim chega. Quem vier meter o bedelho na minha vida, na minha cara ou pelas minhas costas não vai ter meu perdão. Quem não me apoiar não vai ter o meu apoio. Quem for pra longe vai ficar a distância, porque definitivamente eu cansei de ser querida.

26.8.08

Electric Bloom

Como lidar com as pequenas coisas da vida:
- voltar pra academia.
- marcar consulta no médico.
- marcar consulta no dentista.
- ir ao banco.
- ir na costureira.
- comprar presente de casamento.
- arrumar os armários.
- limpar a bolsa.
- organizar os comprovantes de pagamentos de contas dos últimos 10 meses.
- jogar fora papelada que não presta.
- terminar de ler o livro começado há 2 meses.
- terminar o cachecol começado há 2 meses.
- ligar pros amigos que estão longe.
- pelo menos escrever um email pros amigos que estão longe.
- sentar e escrever alguma coisa que preste neste blog.


alguém interessado na vaga de assistente?

23.7.08

Left Behind

Um dia você acorda e não sente mais nada. Mesmo. Quer sentir raiva, tristeza, nervoso, qualquer coisa, mesmo que seja ruim. E não sente.
E começa a ser a pessoa mais sem graça do mundo. Você obviamente não se diverte, sozinha ou acompanhada. E finalmente os outros param de se divertir com você também.
E assim você segue, por um tempo. Anestesiada. E é bom, porque as vezes a gente precisa resetar o sistema, e talvez esse seja o melhor jeito de fazer isso. Limpar o coração, sabe? Deixar ele livre pra coisas novas, boas ou ruins, sempre empolgantes, serem percebidas. Só que o problema de verdade vem quando a anestesia acaba.
Daí você se sente sozinha. Porque você afastou um monte de gente do seu espaço. E depois chateada, porque você nunca pensou que isso poderia acontecer. E depois frustrada, E nervosa, e com raiva, e finalmente triste. Muito triste. Pelas coisas que você deixou pra trás.

2.6.08

I wanna be adored

Tava vendo um filme semana passada. O protagonista, deitado na cama com o objeto da sua paixão e sabendo que é a última vez que fala com ela diz:
- Eu te adoro.
A vida inteira achei isso mais bonito e sincero do que "Eu amo você". Eu quero ser adorada. Eu quero adorar alguém. Adorar é, por definição do Aurélio, amar ao extremo. Render-se ao extremo. Acabar completamente vulnerável à outro alguém. Tem a ver com paixão, com algo maior e mais forte que seu coração, a anos luz de distâcia da sua razão.
Acho que é isso que me encanta. "Eu te adoro" soa mais emocional. Mais desesperado, mais descontrolado, menos meigo e mais bruto. Jogue todo o seu intelecto de fora, mesmo que ele seja parte do que te levou a tal ponto de entrega, e sinta com a sua alma. Pra mim, isso é o que é adorar alguém.
Definitivamente um dia eu tenho que ser adorada. E tenho que adorar alguém.

28.5.08

Born of frustration

Minha reputação de pessimista me precede. Não concordo com ela.
Sempre fui uma pessoa mais racional do que emocional. Pelo menos no que diz respeito as minhas emoções. Não gosto de ser transparente, não quero que todo mundo saiba como eu me sinto, quando eu me sinto daquele jeito, simplesmente porque acredito que toda expectativa gera uma frustração.
Não gosto da expectativa, do frio na barriga, da mão suada e tudo mais o que decorre da ansiedade. Principalmente porque, em 99% dos casos, tudo isso vai resultar em mais coração partido quando o balde de água fria for jogado na minha cabeça.
Sou a favor da surpresa e do inesperado. E penso que quanto menor for a sua preparação pra esse momento, mais você vai sentir e aproveitar. Prefiro o frio da barriga do depois. De quando você tenta descobrir qual caminho a ser seguido a partir do momento que mudou sua vida, pelo menos brevemente.
O triste é que ultimamente a ansiedade vem se tornando mais forte que a minha razão. E me encontro com todos os sintomas que ela traz junto sem querer.

19.5.08

Time to Pretend

Admito, eu sou controladora. Gosto que as coisas aconteçam numa hora pré-determinada, num lugar já acertado, de acordo com o planejado.
Ultimamente, todo e qualquer controle que eu tinha sobre a minha vida, pessoal ou profissional, foi pro espaço. Posso dizer, com mil por cento de certeza, que neste momento não há nada, absolutamente nada, que esteja sob o meu controle.
Há uns tempos eu tinha certeza de que era exatamente disso que eu precisava. Viver mais impulsivamente, aproveitar mais o que acontece na hora que acontece. Hoje, sem conseguir me organizar pra sequer ver meus amigos que agora estão tão longe, percebo que a minha necessidade de controle é fundamentada. A bagunça sem ela fica tão grande que eu não descobri ainda por onde começar a por ordem na casa.

15.4.08

Chasing Pavements

Precisando de férias. Pra escrever, passar a tarde jogando Resident Evil. Ver filmes a rodo. Ler sobre música, baixar música e simplesmente ouvir música. Passear na Rua XV e aproveitar o vento gelado que encana entre os prédios velhos. Tomar milkshake de Ovomaltine às 3 da tarde. Assistir reprise na TV. Ler todos os livros que estão encostados. Achar clipes legais no youtube e ter tempo de ver as piadas que as minhas amigas comentam. Ir pra academia sem fazer alongamento correndo. Não enfrentar o trânsito das 6. Nem olhar no relógio. Só por 1 mês.

1.4.08

Men´s needs

Segunda postagem da série "Mulheres são de Vênus, Homens são de Marte".

Mulher tem uma mania danada de dizer que homem é medroso. Que não assume namoro porque tem medo, que não quer casar porque tem medo, que não quer ter filho porque tem medo.

Na verdade, covarde mesmo é a mulher. A gente não tem baixa-autoestima, tem medo de rejeição. Não quer sair sozinha porque tem medo que depois o namorado saia sozinho. E isso é um perigo. Afinal, mulher não tem ciúme, tem medo de ser traída. Mulher sufoca porque tem medo de não ser amada. Mulher passa a perna em amiga pra conseguir o que quer, não porque quer, mas porque tem medo que a outra queira. Gente, tem mulher que engravida porque tem medo de perder...

Eu tenho medo de mulher.

27.3.08

Boys don't cry

Tem dias que eu odeio ser menina.
Menina é o ser mais emo do universo. Nenhum cara emo é tão emo quanto a menina mais durona que existir.
Meninas se emocionam em propaganda de margarina (eu não podia com aquelas da Qually que mostravam o casal se conhecendo no mercado, conhecendo a família um do outro, ficando noivos, etc....), em filme de guerra, ouvindo a pior música pop já feita, vendo trailer no cinema.
Meninas sentem nó na garganta quando vêem criança pobre na rua, cachorro atropelado na estrada, gente com cara de desespero no jornal.
Meninas derrubam lágrimas ao ver o Brasil ganhar medalhas nas olimpíadas, seus pais pulando de alegria por causa do gol que o time fez, ou alguém fazendo um discurso de agradecimento na entrega de um prêmio.
Por falar em prêmios, meninas choram de orgulho também. Quando alguém a sua volta consegue um emprego, uma promoção, ou se forma na faculdade. Dar a notícia de noivado pras amigas é receita certa pra gritos histéricos+choro. Anúncio de gravidez, nem se fala.
Enfim, ser menina as vezes é meio desidratante. Mas é tão divertido poder fazer tudo isso e ainda ter a desculpa de "mulher é assim mesmo" que compensa a grana dos kleenex de bolso e as garrafas de água sempre ã mão.
Pensando bem, acho que é bem bom ser menina.

13.3.08

Obstacle 1

Já vou avisando, essa postagem soa meio emo.
Há tempos venho tentando encontrar explicações racionais pra sensações que eu tenho. E acabo sempre meio frustrada, porque como dizia meu professor de redação do terceirão, a mensagem da transmissora aqui não chega do jeito certo ao(s) receptor(es) aí.
Ano passado eu vivi um momento incrível que esperava desde que instalaram a TV a cabo na minha casa, lá no início dos anos 90. Naquele tempo, o Eurochanel já tinha bons progamas de música. E todo fim de ano eles transmitiam algum dos festivais do verão Europeu. Naquela época já sonhava em estar lá, no meio de tanta gente que como eu, entra em transe no primeiro acorde de uma música.
Depois de todo esse tempo, uma longa e estressante viagem, e um safado no e-bay, chegou a minha hora de estar de fato ali. Chegamos na fila, debaixo de um calor carioca na Inglaterra, pegamos nossas fitinhas de entrada e mergulhamos em um gramado de gringos doidos, pratos de comida e copos de papel. Tendas se estediam a nossa frente e lá no fundo um imenso de um palco, como eu nunca tinha visto antes.
Nesse momento eu chorei. Chorei de escorrer lágrimas pelos olhos, sem conseguir evitar. Daquele jeito que não dá pra explicar como ou porque isso acontece. Eu devo de fato ter parecido uma idiota, mas era impossível não me emocionar.
E durante os 3 dias do Reading, isso se repetiu por diversas vezes. Acho que eu vou passar o resto dos tempos ouvindo as 85 mil pessoas que estavam lá cantando toda vez que o Arcade Fire tocar o "o-o-ooo-oo-o" do Wake Up no meu som. Acho que vou ligar pra sempre a imagem de um pôr do sol laranja com uma guitarra triste, quase resmungada, e a voz do Paul Banks entoando os primeiros versos de Pioneer to the Falls quase como veludo.
Foi o que aconteceu ontem, de qualquer maneira. Depois de passar 6 horas no que parecia um touro mecânico de rodas, e tomar toda a chuva, e me sentir a cada segundo mais resfriada, aquela sensação do pôr do sol voltou. Veio o frio esquisito na barriga, a tremedeira de Mal de Parkinson e o nó na garganta que me impediram mais uma vez de acompanhar uma das músicas mais bonitas de 2007.
Vejam, estou falando da minha percepção. O Via Funchal recebeu ontem um dos mais bonitos concertos que vai receber em sua história. Quatro excelentes músicos, acompanhados de um tecladista que eu não sabia que existia, fizeram um belíssimo espetáculo. E a platéia devolveu a altura, até mesmo em músicas como Hands Away e Lighthouse, que facilmente poderiam ter feito o público entrar num transe autista coletivo.
Em poucas palavras, tentando achar algum resquício de eloquência em mim, o show do Interpol ontem foi absurdo, inexplicável. Esqueça dos problemas de som que a casa apresentava, esqueça a comparação (idiota) com o Joy Division, esqueça tudo o que você já tem pré-concebido na sua cabeça. Só sinta a música. Quem sabe daí a minha mensagem chegue direito a você.

5.3.08

Today

Há alguns anos, quando eu ainda era uma mera estagiária com bolsa de parcos R$260 por mês, o cinema era um vício. Ia pelo menos uma vez por semana, não perdia nenhum filme que queria de verdade ver. Pelo menos toda quinta, quando o ingresso de estudante era pago com moedas, e a pipoca de microondas vinha quentinha escondida na mochila.
Nessa época, saía de quarta a sexta, a entrada custava no máximo R$3 (geralmente nem pagava entrada) e bebia skol, por ser mais barata mesmo. O trajeto bar-casa/casa-bar era feito a pé, taxi era desperdício e carro luxo. O meu guarda roupa era basicamente comprado na CeA, meus almoços raramente eram mais que o x-salada da Curitiba (com muita mostarda pra ajudar a forrar o estômago), e as jantas antes da aula rolavam no Yu, aonde comprando um refrigerante era permitido comer todo o sushi que coubesse em você.
Eu era esperta nessa época. Acabava todo o mês com algum dinheiro na conta.
Ok, eu sei que hoje sou mais exigente e gosto de determinados confortos que meu salário me proporciona. Mas a questão é que eu me divertia bastante com toda essa pindura, sabe?
As vezes sinto falta de quando eu era mais simples.

1.3.08

Pressure Point

Há alguns meses eu ganhei meu primeiro computador. Quero dizer o MEU computador. Ele veio de herança do meu irmão, que o usava no trabalho. Meu irmão trabalha com cinema, o que quer dizer que a máquina tinha que ser realmente batuta.
E é. Eu não entendo muito dessa história de configurações, velocidades e todos os bagulhos que vinham com ele, mas o que me convenceu de que o presente era bom de verdade foi quando meu irmão disse - "Ele tem 500 giga de memória. Você pode baixar o planeta que ele não vai ficar lotado". E vou dizer que na hora até acreditei, mas é bem fácil baixar seus primeiros 100 gigas, então ele provavelmente não estava tão certo assim.
O ser humano e sua insatisfação constante.

20.2.08

Rebellion (Lies)

Tava assistindo um seriado agora há pouco. História meio bobinha, sobre um cara que vira espião porque abre um email e faz o download de todos os dados da Segurança Nacional Americana na sua cabeça(!?!). Enfim, chama "Chuck" e eu particularmente acho bem divertido, afinal é um filminho sobre espiões, com um ator-nerd bonitinho, e uma historinha platônica bonitinha. Distração de, digamos, qualidade.
De qualquer forma, a história de hoje envolvia uma espécie de soro da verdade, que resulta na honestidade estúpida dos personagens. Antes de tomarem o antídoto, Chuck pergunta pra espiã que finge ser sua namorada se eles têm futuro juntos. Ela respira fundo e diz que não, mas mais tarde admite pra um terceiro colega que foi treinada a resistir ao dito do soro.
Ocorre que isso me fez pensar um pouco. Quanto de nossas respostas são resultantes do treinamento que temos, desde crianças, a dizer aquilo que vai nos expor menos?
Durante a fase de curiosidade na pré escola, somos eventualmente castrados por professores, colegas ou pais. Resultado, aos 23 anos respondemos que não temos nenhuma dúvida pro professor da faculdade, quando na verdade não entendemos nada do que foi ministrado nas últimas horas.
A mesma coisa serve pro lado crítico da nossa personalidade. Você ganha de presente no seu aniversário de 10 anos um disco de lambada da sua amiguinha, e quando sua mãe diz, "põe pra tocar filha", você responde "mas eu não gosto disso, mãe!". Peteleco na orelha e castigo. Pelo resto de sua vida, todos os presentes de grego que você ganhar vão ser acompanhados da seguinte frase: Nossa, amei! Eu queria muito um desses!
Somos treinados a esconder nossos sentimentos românticos desde o primeiro toco que tomamos. Não abrimos nossos corações e negamos até a última gota, porque tememos aquele toco, não é mesmo? Ou agimos ao contrário, aceitando envolvimentos que lá no fundo, não deveriam chegar a esse nível, mas coitada da pessoa que vai levar o toco.
A questão é que o treinamento acontece intensivamente e há tanto tempo, que nós mesmos já não sabemos qual é a verdade. Não sabemos reconhecer qualidades, dúvidas, sentimentos. As vezes sinto que sou tão desonesta, na tentativa de fugir do fracasso e arranjar desculpas, que já não sei mais nada sobre mim. Eu gosto mesmo de pimentão, ou só disse isso pra agradar a minha mãe? O livro que eu ganhei de Natal era bom mesmo, ou meu irmão ficaria triste se eu dissesse o contrário? Eu gosto mesmo de ler, ou é uma técnica pra ressaltar minha inteligência, já que não me acho bonita?

Eventualmente, nossas mentiras se tornam nossas verdades. Meio paradoxal isso.