30.8.06

Life wasted


Que sequência de dias inúteis. Ficar doente e ter que trabalhar é um saco. Não sei se estou fazendo o que tenho pra fazer direito, só consigo tossir e fungar. Droga de tempo seco dos infernos. Pelo menos tá mais frio.
Tava ouvindo Life Wasted do Pearl Jam agora. Que música boa. Na real esse album inteiro é muito bom. Legal ver que existem bandas que mesmo depois de algum tempo de estrada e alguns albuns não tão felizes no caminho conseguem montar um como o último deles (que por sinal chama Pearl Jam - acho o máximo uma banda existente há mais de uma década lançar um CD autointitulado). Isso sem contar que a arte da capa/encarte é linda.
Pronto, já deu pra passar mais um tempinho com esse post. Agora só falta meia hora pro final do expediente. Fiquem bem, se agasalhem e tomem bastante chá com mel e limão.
ps. Sim, eu provavelmente sou o ser mais feliz do universo com a vinda do Yeah Yeah Yeahs pra Curitiba. Mas só vou escrever sobre isso depois que estiver com o ingresso na mão. Só pra garantir.

16.8.06

Dancing Barefoot




Tem dias que todo a bagunça do universo fica centrada dentro da minha cabeça. E tudo em volta gira muito rápido. Acho que a minha mente seria um objeto de estudo muito mais interessante pra teoria do caos do que as máquinas de lavar roupa ou os chuviscos de televisão.
Cada dia que passa chego mais perto da certeza de que eu sou um ser muito confuso.


ps. essa imagem e outras bem bacanas eu encontrei em http://www.chromasia.com/

9.8.06

When I grow up


Muito do que eu sou hoje é completamente compreensível quando eu paro pra pensar na minha história preferida quando criança. Não só nela, mas como em todas que foram descobertas naquela época, já que a quantidade de contos contados, lidos ou presenteados por meus pais criaram em mim um mundo fantástico e de sonhos que até hoje me envolve, o que não apenas favorece o fato de eu viver no mundo da lua como também aumenta as minhas frustrações com a vida adulta e real.
Mas análises à parte, em noites como a de hoje, quando a lua completamente cheia envolve o ar e o céu que enchergo pela janela do meu quarto desde aqueles tempos, eu vestia a minha camisola azul, prendia meu cabelo em um meio-rabo e esperava fervorosamente por Peter Pan, e a incrível viagem à Terra do Nunca.
Perdi as contas de quantas vezes li esse livro. Sabia todos os diálogos. Batia palamas pra salvar a Sininho. Ficava ansiosa quando ouvia (sim, ouvia) o tic-tac do crocodilo chegando perto do navio do Capitão Gancho. E como eu detestava esse cara...
Mas o engraçado é que só hoje, muitos anos e muitos centímetros de altura depois, entendi qual é o problema desse pobre coitado. Não era tristeza pela mão comida, ou pelo relógio que ainda funcionava, mas simplesmente pelo fato dele funcionar! O crocodilo nada mais era do que o tempo tirando pedaços do adulto, até que por fim o comesse por inteiro. Eu acabei com o mesmo temor do Capitão Gancho, e dessa vez acho que vou ser mordida nos fundilhos, bem como no desenho do livro que guardo até hoje!
Enfim, esse post surgiu de uma noite enluarada, fotos de criança e um filme adorável de como poderia ter sido o nascimento dessa história tão incrível. Se tiver tempo, alugue "Em busca da Terra do Nunca", acho que vale a pena.
ps. Até hoje não sei como termina o livro. Ficar lá pelas últimas páginas e ainda na terra de Peter Pan e dos Garotos Perdidos sempre foi mais divertido.