27.12.05

Lust for life


Precisa dizer mais? Essa frase representa 2005. O ano. Os shows. As músicas. É incrível pensar em 2005, em tudo o que aconteceu, tudo o que foi visto e ouvido.



Sabe quando você pensa que mais nada vai ser igual?


O ano começou legal, uma excursãozinha bacana pra Floripa e o show do Placebo. Hoje não tenho muitos comentários sobre isso, provavelmente porque o que estava por vir apagou qualquer memória de como eu tinha achado aquela banda interessante (melhor seria dizer peculiar) no palco. Depois veio a tristeza de não rolar grana pro Campari Festival, e perder de uma só vez The Kills e MC5...

Mas a parte boa do ano estava por começar. Weezer em Curitiba. Como assim??? Era 1996 de volta, com toda a ansiedade da adolescência junta numa só noite. E valeu cada minuto angustiante, cada banda nova ruim (como sempre) escalada pro CPF.

Pra terminar o ano bem, o Claro que é Rock lavou a alma de todos, que como eu, sofreram a falta de grandes shows (e eu sei que parcialmente a culpa é minha por não ter ido em alguns deles). Sem palavras pra descrever Iggy Pop e Stooges. Iggy é Deus. Ponto. As guitarras barulhentas do Sonic Youth são poesia sem palavas.

E não acabou aí. Numa quarta feira quente e ensolarada, saí do trabalho, fui a Pedreira Paulo Leminski e esbarrei no Mudhoney. E depois no Pearl Jam, vejam só... E depois nos dois ao mesmo tempo, relembrando que todos queriamos continuar ali até a manhã chegar. E o mais estranho é que então eu ouvi Black, fui pra casa em menos de meia hora, tomei banho e dormi. Quão surreal a sua vida pode ser um dia?


O tempo podia parar nesse ano. Mas que venha 2006, com a mesma força. Afinal, agora a Caixa de Pandora foi aberta. Boas bandas, boas músicas, boas festas, boas viagens. E feliz ano novo!

16.12.05

Blitzkrieg Bop

Tempestades em copos d'água fazem com que pequenos erros virem grandes problemas. O ser humano é exagerado mesmo.

Essa semana muitas coisas aconteceram e muita confusão foi criada por causa dessa mania. O que me fez pensar que definitivamente eu preciso dar um jeito na energia negativa ao meu redor.

O engraçado é que a primeira coisa que ocorre são amuletos da sorte pra espantar o olho gordo alheio. E todo mundo conhece um. No meu chaveiro eu tenho um olho grego e uma pimentinha. Minha mãe me deu um pé de arruda. Falou que vai comprar uma pimenteira.

Na porta do meu quarto tem um cristal e uma fitinha do Nosso Senhor do Bonfim (fajuta, porque eu nunca fui pra Bahia). Na minha carteira, uma miniatura de São Judas Tadeu, uma medalhinha de São Bento e um gatinho chinês, todos obtidos como presentes, porque dá mais sorte.

Todos estes patuás têm histórias que justificam o motivo de tanta boa sorte. Mas a que eu achei mais bacana foi meu pai quem contou, sobre Medusa e as figas de coral.


Diz a lenda que Perseu matou a Medusa (criatura de cabelos de serpente que transformava todos que a olhavam em pedra) e seu sangue escorreu pelo oceano, formando os corais. Desses corais são feitas figas, capazes de transformar o mais maudoso dos pensamentos em pedra. Preciso arranjar uma figa dessas.

De qualquer forma, todos conhecem uma forma de se "proteger" contra o mau olhado. Alguma sugestão? Pensem nisso, enquanto eu tomo um banho de sal grosso.