27.12.07

Merry Happy

O tempo passou voando nas últimas semanas. Tinha tanta coisa pra falar sobre meus desejos e expectativas para o próximo ano, mas vou deixar isso pra lá.
Eu sou o retrato da criatura resmungona, admito. Sempre vejo defeito em tudo, sempre tenho uma crítica a fazer. Não pretendo propor uma mudança, sei que isso é parte de mim e até gosto um pouco de ser assim. Mas hoje vamos fazer um exercício diferente.
2007 foi um ano incrível. Sou grata por cada segundo dele. Vi muitas coisas tristes acontecerem a minha volta, e sinto muito por todos que sofreram em decorrência delas. Mas talvez tenham sido esses eventos, somados as oportunidades que eu tive, que me façam sentir tamanha gratidão agora.
Nesses últimos dias de 2007, me sinto completa. Feliz. E cheia de esperança de que 2008 seja um pouquinho melhor ainda.

10.12.07

Chicken Pox

Lembranças são algo incrível. Acho que é impossível uma criatura ter uma vida saudável sem elas. Lembranças fazem a gente sorrir, rir sozinha, ficar com cara de idiota enquanto os outros perguntam no que a gente está pensando. Fazem a gente chorar de saudades, de tristeza, de coração partido. Lembranças são o que de mais humano nós temos. Moldam nossas personalidades e nossa visão do mundo.

Minha memória esse ano me pregou várias peças. Tentei com muito esforço me lembrar de sensações, de cheiros, sons e gostos que eu sentia quando era mais nova. E senti meu chão sumir quando por um instante achei que não ia conseguir. Mas consegui.

Todas essas memórias seguem comigo em flashbacks diários. E junto com elas trago as mais recentes, que são tão preciosas quanto.

Em 2008, quero mais lembranças. E quero as antigas. E o frio na barriga, a ansiedade e a alegria que todas elas me trazem, mesmo as mais tristes. E principalmente quero as pequenas viagens no tempo e no espaço que elas me proporcionam (aprendi o que os tralfamadorenses ensinaram a Bill Pilgrim!). Como a de agora, quando me encontro numa ponte linda em Paris.

7.12.07

Streets of love

Na continuação da lista dos desejos, o mais singelo: amor.

Não romance, vejam bem. Só não quero odiar essas coisas simples que a gente fica com raiva, sabe?

Ano que vem quero não dizer odeio nenhuma vez. Talvez um “não gosto muito" aqui, um “isso não é legal” ali. Mas é a carga que vem junto com o odeio que tem me matado.

O cara te fecha no trânsito, você fica vermelho até a testa. Alguém passa na sua frente na fila do bar, pisa no seu pé na pista de dança. Demora na fila do mercado. Pega o filme que você queria ver praticamente da sua mão na estante da locadora. Coisinhas assim que me dão raiva, que me fazem dizer “odeio aquela vaca”.

Enfim, me sinto podre por dentro. E me faz mais mal perder os 15 minutos de dor de estômago que acompanham o ódio do que pensar que a existência e os atos daquele ser não fazem a menor diferença pra mim.

Assim, ano que vem, chega. Em 2008 não odiarei mais.

3.12.07

Hit me like you did the first time

Ou Lista Expositiva de Motivos Pelos Quais Devemos Admirar a Doutora Cameron.


Ok, tenho assistido muito House. Bom, eu matei as 3 temporadas e 8 episódios da 4ª em 1 semana. Enfim, eu sou meio obcecada por ficção mesmo...

De qualquer forma, dezembro começou e com ele surgem os desejos a serem realizados no ano que segue. Claro, como sempre vem a história do emprego novo - que eu já dei início, perder 10 quilos e encontrar alguém que goste de mim bem do jeito que eu sou. Aquelas coisas de sempre.

Mas fora isso, o que eu quero em 2008? Nas próximas postagens vamos esclarecer... E começando hoje, a número 10:

Coragem.

Explicando o subtítulo então. Pra quem não assiste House MD, a Doutora Cameron é uma médica mais ou menos da minha idade, que tem um coração de ouro e, traduzindo pobremente a expressão inglesa, bolas de aço.

Resumindo: a mulher, apesar de meiguinha, bonitinha, engraçadinha, etc., tem mais coragem que o time todo do Corintinhans no jogo de ontem. Ela teve uma queda pelo chefe. Não teve dúvida, foi lá e perguntou pra ele se ele gosta dela. Na lata ela disse – Você gosta de mim? Eu preciso saber.

Coragem...

Num outro episódio, chegou à conclusão de que, por assim dizer, não andava aproveitando muito a vida. Foi lá, roubou metanfetamina do paciente, ficou doidona e “passou a noite” com o colega gato.

Mais uma vez, coragem...

Mais pra frente, viu um paciente em estado terminal definhar, levantou no meio da noite e lhe deu uma dose maior de morfina. Depois de passar dois dias descobrindo que o tal do paciente tinha feito testes cruéis em crianças anos antes.

E por fim, quando percebeu que precisava de mudanças, chegou no chefe, entregou a carta de demissão e disse que não queria mais estar ali.

Enfim, coragem. Ano que vem quero coragem. Pra dizer que estou triste por esse ou aquele motivo, pra jogar tudo pra cima e ficar de pernas pro ar. Pra dar mais a cara pra bater, pra aproveitar mais a vida.

Coragem é um dos maiores desejos pra 2008.