Por volta de 2001, um amigo estudante de jornalismo, se aproveitando do mal humor que eu tenho pra material escolar temático, usou o meu nome em uma matéria pro jornal da faculdade falando sobre como era podre essa história toda em torno do Harry Potter. Na época achei engraçado, e em parte até concordava com ele. Já não aguentava mais entrar em qualquer biboca e dar de cara com um poster do primeiro filme. Me recusei terminantemente a todos os convites feitos pra ir ao cinema com um comentário nada publicável sobre o que eu pensava do assunto.
No ano seguinte, numa dessas sexta-feiras chuvosas, me encontrei presa no Shopping Estação, sem muito pra fazer. Essa era uma época da minha vida em que eu ia regularmente ao cinema, então a única opção inédita era o lançamento de Harry Potter e a Câmara Secreta e, cedendo a pressão dos amigos, lá fui eu. A história me ganhou nos primeiros 20 minutos. Cheguei em casa e descobri rapidamente como baixar os 4 livros já lançados e li desesperadamente. Já não tinha mais volta, queria mais e mais. Ansiava pelo lançamento dos seguintes. Procurava notícias sobre os filmes. Admito, tinha me tornado uma daquelas pessoas que realmente querem o lápis, a caneta, o caderno, a régua e tudo mais que for produzido na China relacionado ao incrível mundo que me tinha sido apresentado.
Nunca escondi aqui que sofro de um gravíssimo caso de síndrome de Peter Pan. Tão pouco o fato de que como a minha imaginação, fértil do jeito que é, me permite criar os cenários e vivenciar os acontecimentos que leio nos livros. Cada uma das batalhas, das sessões de treinamento do Dumbledore´s Army, dos verões na casa do Tio Vernon, aconteceram com tamanho realismo na minha cabeça que não sei nem como explicar.
Hoje, depois de todos esses anos indo e voltando de Hogwarts, meu caminho acabou. Mais uma vez, como quando terminei a série do Guia do Mochileiro das Galáxias, deixei amigos pra trás. Eles ficaram nos lugares, mistérios e aventuras que me divertiram tanto, que me permitiram por tão pouco tempo ser criança novamente. Não vou entrar em detalhes, não vou responder a pergunta que até sexta-feira valia 1.000.000 de libras no banco de apostas de Londres. Recomendo que cada um vá descobrir sozinho.
Enfim, o que realmente importava dizer depois de tudo isso é que, vendável ou não, mania ou não, a série de livros da JK Rowling vai ser passada aos meus filhos da mesma forma que minha mãe me passou Meu Pé de Laranja Lima ou O Menino do Dedo Verde.
Ah sim, quanto ao quinto filme, que também estreou há pouco, apesar de muita gente reclamar que o livro era incrível e mais completo e que faltou essa e aquela situação, achei o melhor de todos até agora. E além disso, tem o Gary Oldman. Ninguém mais conseguiria levar pra tela o Sirius Black da minha cabeça. Também vale a pena ir atrás.
2 comentários:
Eu me rendi ao Harry também. assim como ao Franz Ferdinand. rs
Gostei do último filme (fui na primeira semana) e estou louca pra ler o último livro.
G. falei sobre meu aniversário hoje pro André (14 de agosto). A festinha rolará em um bar bacana aqui, no dia 11 de agosto (sábado). Será festa à fantasia.
Estão convidados (o Nikola batata tbém)! Espero vcs aqui na Jaculândia. Ops, Jacareí.
Beijo! (coment rápido... to no trampo)
De fato Harry Potter é um dos melhores das novas franquias! E o último filme é duka, muito bom! Não li os livros mas os filmes são bem divertidos.
=D
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