30.7.07

I was born to be a dancer


É engraçado ver a percepção dos outros sobre a gente.

A maioria das pessoas trata a falta de beleza como se feiura tivesse a ver com caráter. Vou dizer que depois de um tempo qualquer um leva o exterior para o interior, porque também não é fácil aguentar tanta presunção baseada em superficialidades.

Eu nunca fui muito bonita. Bom, talvez quando bebê, mas todo bebê é bonito. Mas eu era uma criança, uma adolescente feliz. Era simpática com quem eu conhecia (a feiura influencia na timidez), tinha um coração danado de bom. Não era mau-humorada nem braba, e a minha revolta era contida em pensamentos.

Conforme você cresce, passa a enxergar que pessoas mais atraentes são tratadas com mais simpatia por quem não te ama ou pelo menos não te conhece bem. E com o tempo você se fecha mais, se mantém na sua mais. E isso passa a ser lido como temperamento ruim, brabeza.

E como em todo bom círculo vicioso, isso vai se tornando verdade. Acho que todos concordam que a pergunta mais idiota, frustrante e irritante que pode ser formulada por um ser pensante é "Que cara é essa?". Na maioria das vezes, acredite, essa é a cara da pessoa mesmo.

Então, em nome de todos os feios do mundo eu peço: vamos proibir o uso dessas palavras, nessa sequência, para todo o sempre. Para a saúde de muita gente, isso terá mais efeito do que tentar reverter o aquecimento global.

2 comentários:

André disse...

E então a G. assumiu seu lado EMO.

g. disse...

emo, pela milionésima vez, é a mãe.