21.7.06

Upon this tidal wave of young blood

Tinha guardado esse título pra uma postagem que eu estava elaborando sobre música e pós-modernidade. Profundo, não? Na real era sobre a acessibilidade da música com tantos instrumentos e mídias voltados para ela. Como a internet, os programas peer to peer, os podcasts e os mp3 players, além das novas revistas e blogs sobre o cotidiano do rock possibilitam à nossa geração e as que seguem conhecer bem mais sobre a música do que eu poderia ter descoberto quando tinha 14 anos. Porque tudo isso tem a ver com essa vontade incrível e infreável de descobrir que nós jovens temos. Por causa desse nosso sangue jovem.
Infelizmente, lendo o jornal essa tarde me deparei com uma manchete que dizia: "Israel convoca milhares de reservistas e declara estar em guerra.". Mais uma vez a força dessa onda descontrolada de juventude vai ser usada pra isso.
Essa postagem não é um discurso à la "faça música, não faça guerra". Israel e qualquer outro povo do mundo árabe nunca vão estar em paz, a gente já entendeu isso... Muita gente ainda vai morrer por causa do petróleo. E muito mais por causa dos radicais, seja qual for o motivo do radicalismo.
A questão é que toda aquela tecnologia e facilidade que eu falei ali em cima vai ser jogada no lixo. São os jovens que vão pra guerra, são eles que morrem nos bombardeios. Gente que ainda nem teve tempo de ouvir uma guitarra destorcida ou descobrir o que é uma bateria, quem dirá entender porque seu quarto explodiu.
De qualquer forma, essa é mais uma das muitas guerras que a gente já teve oportunidade de assistir. E eu já estou ficando cansada de não ter o que fazer sobre isso. E me assusta, porque não sei até quando saber que uma população inteira está sendo dizimada vai me tocar. E se um dia eu me tornar indiferente a tudo isso?
There is danger in the night
There are things we can't control but
Will we give ourselves a fright
When we become less than human?
There are people who say why oh why oh why?
Now there are other ways to die

18.7.06

Same ghost every night



Essa história do homem ser um ser social é a mais pura e completa verdade. É muito difícil ficar completamente sozinho. E angustiante.
Sexta passada, por um motivo ou outro, ninguém na cidade de Curitiba queria sair de casa. Mas eu queria. Tinha trabalhado a semana inteira, o mínimo que podia desejar eram algumas horas de total distração, que não envolvessem meu quarto, minha cama e a presença única e indispensável de mim mesma.
Assim, juntei toda a vontade de me distrair com um pouquinho de boa vontade para fazer amigos e fui sozinha pro bar de mais fácil acesso. E devo dizer, que apesar de desconfortável à princípio, cheguei a conclusão de que sou uma ótima companhia!
Foi uma experiência, coloquemos assim. Melhor do que assistir reprise de seriado, ou filme ruim (elementos essenciais da programação televisiva de sexta à noite). E sugiro que todos experimentem um dia desses. Afinal, ser social ou não, a única certeza de companhia que temos somos nós mesmos.

13.7.06

Music is my hot sex


Uhhh título caliente... hahahahaha
Hoje é o dia mundial do rock. Merece uma postagem bem feita. Só que vou dizer uma coisa, é muito, mas muito difícil falar sobre uma coisa que faz tanto parte da minha vida.
Algumas das lembranças mais fortes que tenho da minha infância são relacionadas com meu pai e rock. Lembro dele cantando "ela é minha menina.... e eu sou o menino dela..." pra me fazer sorrir ou dormir. Ou toda vez que falava sobre a adolescência dele, vivida no começo de tudo lá nos anos 60, cantarolando "entrei na rua augusta a 120 por hora...". Ou ainda, como era bem mais divertido ir pra escola quando a Estação Primeira (onde cada pingo de chuva é motivo de rock) era a trilha sonora das histórias dele e de suas festinha mods.
Cada dia da semana, estação do ano ou época da minha vida é regada de rock. Ele me consola, me anima, me dá um ombro pra chorar, ou vale muitas risadas. Me faz dançar, me ajuda a trabalhar. Enfim... como já disse, é muito difícil de falar sobre algo que é tão parte de mim.
Então, hoje aumente o volume, quebre tudo e, nas palavras do vocalista do Autoramas: Rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrroooock!!!