27.4.06

O bom




Há dois meses mais ou menos fiz a primeira aquisição da minha vida adulta. Comprei um carro. Lindo. Vermelho. E acima de qualquer coisa, meu.
Nunca tinha me sentido tão maior de idade. Agora possuo algo de valor. Foi um dos ritos de passagem, assim como a formatura do oitava série, ou passar no vestibular.
Só que também existem uns pontos negativos a serem pesados. Junto com o carro veio o IPVA, o seguro, a gasolina, as lavagens, a troca de óleo, o aditivo, o balanceamento dos pneus, os estacionamentos, e uma série de despesas que o meu salariozinho, nem tão adulto assim, está sofrendo mês após mês.
Mas a conta que mais me irrita nessas todas é a do combustível. Alguém me explica por favor o porquê de um litro de gasolina, em Curitiba, custar R$2,60. Sério, além de incompreensível é um abuso sem tamanho! E se já não bastasse isso, o trânsito nessa cidade está cada dia pior, e os motoristas medrosos não passam de 40 km/hora. É enlouquecedor o fato de que o trajeto da minha casa ao trabalho, com exatos 5,5 km demore 45 minutos!
Então, de forma limitada (já que o meu blog não é tão visitado assim), decidi fazer o meu protesto. Juntem-se a mim!!! hehe.... Se as condições do trânsito e o preço da gasolina não melhorarem, vou me ver obrigada a trocar de carro...

22.4.06

My name is Jonas


Trabalhar. Acho que já escrevi o suficiente sobre isso aqui. Metade dos meus posts são sobre a loucura que o cotidiano de trabalho é.
Imagine que maravilha se você ganhasse 15 milhões na Loto. Nem precisava de tudo isso, uns 250 mil já valiam a pena. O que você faria? Deixaria de trabalhar, é a primeira resposta.

Há duas semanas estreou no canal FX uma série chamada My name is Earl. É a história de um caipira probetão que levava a vida dando golpes e cometendo pequenos furtos, e vivia feliz. Até que um dia ganha US$100.000 num bilhete da loto e é atropelado segundos depois, perdendo o bilhete e ganhando uma viagem ao hospital. Lá ele assiste à TV o dia inteiro, e aprende sobre karma num talk show. E decide que uma vez que ele fez tanto mal pra tanta gente na vida nada de bom pode acontecer com ele. Saindo do hospital, com uma lista imensa das crueldades que já praticou, começa a se desculpar com cada um dos que sofreram nas suas mãos, e logo em seguida acha o bilhete que tinha perdido no começo do episódio. Coincidência? Não, karma. Faça o bem e receba em troca.



O que poderia parecer um roteiro piegas acaba se tornando uma série de histórias tragicômicas, lideradas por Earl (interpretado por Jason Lee, que parece que recebeu uma dose maior de sarcasmo nas veias do que um ser humano normal). Earl passa seus dias fumando descontroladamente, bebendo litros de cerveja quente, andando pelas ruas em seu carro velho e morando num motelzinho de beira de estrada. É o caipira comum, sem pretenções intelectuais nenhuma. Seu mentor nessa nova fase é Carson Daily (o apresentador do talk show que falou sobre karma, e que na cabeça de Earl é quem criou a idéia de fazer o bem e receber o bem em troca). Seus escudeiros são seu irmão, bem menos brilhante que ele, e uma esperta camareira mexicana.
Enfim, uma série cômica sem risadas de fundo, que abusa na ironia e esquece de qualquer lição de moral tão presente na maioria das sitcoms. Imperdível.

Aos interessados, My name is Earl passa no FX, todo domingo as 21.

9.4.06

You really got me


Hoje eu acordei querendo estar em São Paulo. Sentindo que tava perdendo mais um festival e que ia me arrepender disso depois.
E isso fez com que meu humor fosse péssimo o dia inteiro. E com a perspectiva de ter que ir de bar em bar atendendo a todas as festas obrigatórias nas quais eu teria que passar, meu dia foi ficando pior ainda.
Grande novidade pra rainha da reclamação.
No fim das contas, acabei no bar de sempre. E numa pista de dança repleta de versões inesperadas, pirei pra valer.
Existem momentos incríveis na vida. Em que tudo faz o mais completo sentido. E você se diverte como se não houvesse amanhã. Nesses momentos, se você parar pra pensar em tudo o que acontece e vai acontecer, coisas cotidianas mesmo, é capaz de você ver mais graça na vida.
Nossa que coisa piegas. Mas é verdade. Enquanto tocava uma versão bizarra de Toxic (sim, da Britney Spears), outra de Take on Me (em ska) e mais uma de I Belive I can Fly (em hardcore), eu planejei todas as coisas que eu quero fazer até o fim do ano. Não é incrível? E isso só aconteceu porque eu comecei a pensar como existem segundos em que tudo é tão sem sentido que chega a fazer algum sentido.
A primeira decisão que eu tomei é que esse ano eu vou pra Seattle. Como a minha cabeça saiu do James e chegou a conclusão de que eu tenho que conhecer o lugar daonde saíram boa parte das bandas que mudaram o rock nos anos 90 eu não sei. Mas enfim, é pra lá que eu vou quando chegarem as minhas férias... Alguém me acompanha?
As outras decisões estão meio nebulosas agora. Afinal, são 5:34 da manhã, tá difícil manter os olhos abertos.

7.4.06

Pattern recognition


Ando com um nó na garganta ultimamente. Uma sensação estranha que nada está certo. Ou que nada é definitivo. Que tá na hora de alguma coisa mudar.
A minha volta vejo meus amigos realizando algo. Criando algo. Atingindo um objetivo. E todos estão longe, mesmo o que estão perto. Porque estão em outro estágio, outra fase, já cumpriram essa em que me encontro agora.
Eu fiquei pra trás.
Perdi a minha vez na fila.
E semana que vem vou perder o juízo.