8.3.06

Work, work, work (pub, club, sleep)


De volta ao trabalho. Rotina besta de muito mais pra fazer do que permite o tempo hábil, estagiários preguiçosos e funcionários que não estão nem aí...
Tem certos dias que pensar nisso tudo me deprime pra valer.
E daí tem certos dias que não faz a menor diferença, e tudo é tão automático que quase que as tarefas se resolvem sozinhas.
Mas ultimamente nenhum dia é incrível, traz aquela sensação de dever cumprido, do jeito que você mereceria aplausos por ter conseguido ser tão bom no que faz.
Trabalhar virou uma função a ser cumprida enquanto se espera o fim de semana. Vou viver esperando o fim de semana. Que idiota.
Eu estava assim na semana passada. Sentia falta de absolutamente tudo que tinha feito na semana de férias. De passar o dia inteiro falando sobre nada. De vento entrando pela janela do carro na estrada. Até do calor insuportável de Registro.
Mas ontem conversando com uma amiga desempregada (que se questiona se a sua existência faz alguma diferença pro resto do mundo só por não estar trampando) cheguei a uma dúvida que não sai da minha cabeça: por que razão a gente dá tanta importância pro trabalho? Por que não só encarar como um jeito de ter grana pra fazer as coisas que a gente quer mesmo fazer?
De uma hora pra outra essa dúvida resolveu meu problema. Vou pro trampo daqui pra frente pensando no que eu vou gastar o dinheiro. Azar da minha integridade profissional. Na verdade não só não faz a menor diferença pro resto do mundo o fato daquela minha amiga não trabalhar, mas também o meu trabalho, o do padeiro ou do advogado não sofreriam a menor alteração se outra pessoa cumprisse o papel. Então porque não pensar só no que se pode fazer com o fruto do tempo perdido durante a semana?
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Uma das coisas na qual eu quero usar o meu dinheiro é indo pra esse festival aqui www.camparirock.com.br ... Alguém se habilita?

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Ge! Tenho que me identificar aqui e agradecer a menção honrosa em seu texto, hehehe!

Na verdade, o que eu quis dizer é que eu tenho a nítida sensação de que a grande máquina social está funcionando perfeitamente bem, com todas as peças no lugar e que eu sou uma engrenagem novinha em folha, mas sem espaço para utilização em lugar nenhum... Ok, viajei legal, mas acho que deu pra pegar a idéia, hahahaha! Agonia de recém-formada é fogo...

Acho que a insatisfação é inerente à condição humana e isso nunca vai se resolver. Quem não tá trabalhando quer um emprego; quem já tem um, muitas vezes deseja um pouco de sossego ou sonha com outra função... Pior que somos assim em todas as áreas da vida, não só na profissional.

Por isso o negócio é ir vivendo e ver o que rola...

PS: acho que não posso ficar vindo comentar aqui todo dia pq eu piro muito errado e escrevo uma bíblia, hahaha ;)

Anônimo disse...

G!
Eu não concordo que você deva encarar o trabalho apenas como uma forma de ter dinheiro para você fazer as coisas que realmente tem vontade.
Pense bem: você passa 8 horas por dia, 5 vezes por semana trabalhando nisso ou naquilo. São 40 horas toda semana que você tem que se preocupar com o trabalho.
Como em média uma pessoa dorme 6 a 8 horas por dia, as coitadas das 8 horas que sobram tem que ser divididas entre banho, comer, ir e voltar do trabalho, etc, etc, etc... Quanto tempo por dia sobra para gastar o dinheiro que você tanto trabalha para receber?
Acho que se você está tão infeliz no seu trabalho, é um bom passo para ficar infeliz durante a semana inteira... Tente achar outro emprego, algum no qual você possa fazer aquilo que realmente gosta.
Até lá, fica neste para conseguir a verba para as coisas que quer. Mas se empenhe mesmo em achar outro.
Realmente acho que o trabalho deveria ser uma parte interessante e boa da vida... Para mim, pelo menos, é.
Espero que ache logo algo que te satisfaça!