28.5.08

Born of frustration

Minha reputação de pessimista me precede. Não concordo com ela.
Sempre fui uma pessoa mais racional do que emocional. Pelo menos no que diz respeito as minhas emoções. Não gosto de ser transparente, não quero que todo mundo saiba como eu me sinto, quando eu me sinto daquele jeito, simplesmente porque acredito que toda expectativa gera uma frustração.
Não gosto da expectativa, do frio na barriga, da mão suada e tudo mais o que decorre da ansiedade. Principalmente porque, em 99% dos casos, tudo isso vai resultar em mais coração partido quando o balde de água fria for jogado na minha cabeça.
Sou a favor da surpresa e do inesperado. E penso que quanto menor for a sua preparação pra esse momento, mais você vai sentir e aproveitar. Prefiro o frio da barriga do depois. De quando você tenta descobrir qual caminho a ser seguido a partir do momento que mudou sua vida, pelo menos brevemente.
O triste é que ultimamente a ansiedade vem se tornando mais forte que a minha razão. E me encontro com todos os sintomas que ela traz junto sem querer.

19.5.08

Time to Pretend

Admito, eu sou controladora. Gosto que as coisas aconteçam numa hora pré-determinada, num lugar já acertado, de acordo com o planejado.
Ultimamente, todo e qualquer controle que eu tinha sobre a minha vida, pessoal ou profissional, foi pro espaço. Posso dizer, com mil por cento de certeza, que neste momento não há nada, absolutamente nada, que esteja sob o meu controle.
Há uns tempos eu tinha certeza de que era exatamente disso que eu precisava. Viver mais impulsivamente, aproveitar mais o que acontece na hora que acontece. Hoje, sem conseguir me organizar pra sequer ver meus amigos que agora estão tão longe, percebo que a minha necessidade de controle é fundamentada. A bagunça sem ela fica tão grande que eu não descobri ainda por onde começar a por ordem na casa.