Precisa dizer mais? Essa frase representa 2005. O ano. Os shows. As músicas. É incrível pensar em 2005, em tudo o que aconteceu, tudo o que foi visto e ouvido.
Sabe quando você pensa que mais nada vai ser igual?
O ano começou legal, uma excursãozinha bacana pra Floripa e o show do Placebo. Hoje não tenho muitos comentários sobre isso, provavelmente porque o que estava por vir apagou qualquer memória de como eu tinha achado aquela banda interessante (melhor seria dizer peculiar) no palco. Depois veio a tristeza de não rolar grana pro Campari Festival, e perder de uma só vez The Kills e MC5...
Mas a parte boa do ano estava por começar. Weezer em Curitiba. Como assim??? Era 1996 de volta, com toda a ansiedade da adolescência junta numa só noite. E valeu cada minuto angustiante, cada banda nova ruim (como sempre) escalada pro CPF.
Pra terminar o ano bem, o Claro que é Rock lavou a alma de todos, que como eu, sofreram a falta de grandes shows (e eu sei que parcialmente a culpa é minha por não ter ido em alguns deles). Sem palavras pra descrever Iggy Pop e Stooges. Iggy é Deus. Ponto. As guitarras barulhentas do Sonic Youth são poesia sem palavas.
E não acabou aí. Numa quarta feira quente e ensolarada, saí do trabalho, fui a Pedreira Paulo Leminski e esbarrei no Mudhoney. E depois no Pearl Jam, vejam só... E depois nos dois ao mesmo tempo, relembrando que todos queriamos continuar ali até a manhã chegar. E o mais estranho é que então eu ouvi Black, fui pra casa em menos de meia hora, tomei banho e dormi. Quão surreal a sua vida pode ser um dia?
O tempo podia parar nesse ano. Mas que venha 2006, com a mesma força. Afinal, agora a Caixa de Pandora foi aberta. Boas bandas, boas músicas, boas festas, boas viagens. E feliz ano novo!